segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

O Uber-self

Imaginemos uma estrada que conecta duas cidades e em um trecho fora rompida por uma chuva. O fluxo de carros para, há engarrafamento e as duas cidades deixam de se conectar até que a falha seja corrigida. Assim é a vida, uma estrada desconectada no início e fim dela. A correção ou evolução dos pontos ao qual falhamos, a barreira das nossas estradas, é o que faz com que o fluxo entre um estado ao outro se interligue, as vidas que temos além desta, desconectadas de uma percepção maior do Uber-self. Ou seja, cada um vive o que tem que viver e parte desta Uber-vida é dividida entre faixas de momentos de percepção direcionada. Mas, será que existe um Uber-self ou uma Uber-vida?

Alguns diriam em probabilidades, dado as experiencias de terceiros, que não, não existe uma Uber-vida ou Uber-self porque há uma incompletude do conhecimento, ora só estamos a experimentar uma parte, uma fração daquilo que porventura viria a ser contínuo. E nossa experiencia de terceiros nos mostra que é ao acabar a vida é o fim, dado aqueles que partem nunca voltaram. E não existem evidências de uma Uber-vida ou Uber-self.

No entanto, talvez, se pudéssemos partir para a física e imaginar que estamos as margens de descobrir uma quinta dimensão, além das quatro que já sabemos que existem, poderia nos levar a imaginar a seguinte resolução:

Dado a uma nova teoria que provasse o movimento em quinta dimensão, só vem uma coisa em minha mente, Feigenbaum com sua constante de duplicidade. Sim, porque as quatro dimensões por si só estão muito consolidadas e imaginar a vida como um objeto quadrimensional é por si só entender o início e fim dela no tempo. Ter uma visão quinto dimensional da vida, seria nada mais, nada menos, que uma bifurcação direcional de blocos de vidas quadrimensionais, onde a vida se divide ou contínua em uma outra perspectiva, senão ela, em outra formação de estrutura externa a nossa quadrimensional. E os cientistas afirmam que estamos às margens de desvendar uma dimensão extra.

Para imaginarmos de forma mais simples o que estou elucidando, pense em um desenho de um quadrado, é formado por duas linhas verticais e duas horizontais e um cubo é formado por seis quadrados. Essa é uma boa alusão ao como deveria ser uma vida na quinta dimensão, como vários blocos quadrimensionais do próprio self tridimensional formando o Uber-self.

E como seria a consciência deste Uber-self?

O Uber-self seria como uma entidade, um ente provido de múltiplas vidas, múltiplas experiencias, que poderíamos representar com um estado ou país, com várias cidades e várias estradas, com várias pessoas e histórias transitando, vivendo, experimentando todas essas vidas a um mesmo tempo.

Talvez os sonhos sejam nada mais nada menos do que essas experiências em dimensões extras, como um resquício de memórias dessas outras vidas, ou a própria experimentação em si, no momento do descanso ou parte dele. Mas aqui mora outra incerteza, do ponto em que sonhos, muitas vezes são irrealistas, sendo o próprio self dizendo algo para nós, um “eu” que ainda desconhecemos, o subconsciente, ou qualquer outra coisa que desconheço.

Ao ser provado uma quinta dimensão, muito a de se questionar sobre a vida e o que fazemos aqui nesse momento, se nossa estrada está boa ou não e se não haveria outros caminhos melhores para se contornar em outros meios de vida. E não estou de forma alguma falando em suicídio, muito pelo contrário, mas que seja questionada nossa passagem por esse mundo de uma forma que seja edificante e proveitosa para a consciência Uber, dessa trama de cinco dimensões.

Infelizmente, pela nossa perspectiva tridimensional e limitada não conseguimos ver ou crer o que está além do nosso alcance. Isto porque nosso foco é limitado e tudo ao redor dele nos é cego. Nossa percepção fantasia uma realidade longe da realidade, como num script contínuo de processos mentais que vêm desde o nascimento.

Esperemos a descoberta ou não da quinta dimensão para que possamos elucidar ou imaginar qual o real sentido da vida e não somente isto, a conexão deste bloco com nossa atual realidade.

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