Imaginemos uma estrada que conecta
duas cidades e em um trecho fora rompida por uma chuva. O fluxo de carros para,
há engarrafamento e as duas cidades deixam de se conectar até que a falha seja
corrigida. Assim é a vida, uma estrada desconectada no início e fim dela. A correção
ou evolução dos pontos ao qual falhamos, a barreira das nossas estradas, é o
que faz com que o fluxo entre um estado ao outro se interligue, as vidas que
temos além desta, desconectadas de uma percepção maior do Uber-self. Ou seja,
cada um vive o que tem que viver e parte desta Uber-vida é dividida entre faixas
de momentos de percepção direcionada. Mas, será que existe um Uber-self ou uma
Uber-vida?
Alguns diriam em probabilidades,
dado as experiencias de terceiros, que não, não existe uma Uber-vida ou
Uber-self porque há uma incompletude do conhecimento, ora só estamos a
experimentar uma parte, uma fração daquilo que porventura viria a ser contínuo.
E nossa experiencia de terceiros nos mostra que é ao acabar a vida é o fim,
dado aqueles que partem nunca voltaram. E não existem evidências de uma Uber-vida
ou Uber-self.
No entanto, talvez, se pudéssemos
partir para a física e imaginar que estamos as margens de descobrir uma
quinta dimensão, além das quatro que já sabemos que existem, poderia nos levar
a imaginar a seguinte resolução:
Dado a uma nova teoria que
provasse o movimento em quinta dimensão, só vem uma coisa em minha mente,
Feigenbaum com sua constante de duplicidade. Sim, porque as quatro dimensões
por si só estão muito consolidadas e imaginar a vida como um objeto quadrimensional
é por si só entender o início e fim dela no tempo. Ter uma visão quinto
dimensional da vida, seria nada mais, nada menos, que uma bifurcação direcional
de blocos de vidas quadrimensionais, onde a vida se divide ou contínua em uma
outra perspectiva, senão ela, em outra formação de estrutura externa a nossa
quadrimensional. E os cientistas afirmam que estamos às margens de desvendar uma
dimensão extra.
Para imaginarmos de forma mais
simples o que estou elucidando, pense em um desenho de um quadrado, é formado
por duas linhas verticais e duas horizontais e um cubo é formado por seis
quadrados. Essa é uma boa alusão ao como deveria ser uma vida na quinta
dimensão, como vários blocos quadrimensionais do próprio self tridimensional
formando o Uber-self.
E como seria a consciência deste
Uber-self?
O Uber-self seria como uma
entidade, um ente provido de múltiplas vidas, múltiplas experiencias, que poderíamos
representar com um estado ou país, com várias cidades e várias estradas, com
várias pessoas e histórias transitando, vivendo, experimentando todas essas
vidas a um mesmo tempo.
Talvez os sonhos sejam nada mais
nada menos do que essas experiências em dimensões extras, como um resquício de
memórias dessas outras vidas, ou a própria experimentação em si, no momento do descanso
ou parte dele. Mas aqui mora outra incerteza, do ponto em que sonhos, muitas
vezes são irrealistas, sendo o próprio self dizendo algo para nós, um “eu” que
ainda desconhecemos, o subconsciente, ou qualquer outra coisa que desconheço.
Ao ser provado uma quinta
dimensão, muito a de se questionar sobre a vida e o que fazemos aqui nesse
momento, se nossa estrada está boa ou não e se não haveria outros caminhos
melhores para se contornar em outros meios de vida. E não estou de forma alguma
falando em suicídio, muito pelo contrário, mas que seja questionada nossa
passagem por esse mundo de uma forma que seja edificante e proveitosa para a
consciência Uber, dessa trama de cinco dimensões.
Infelizmente, pela nossa perspectiva
tridimensional e limitada não conseguimos ver ou crer o que está além do nosso
alcance. Isto porque nosso foco é limitado e tudo ao redor dele nos é cego.
Nossa percepção fantasia uma realidade longe da realidade, como num script contínuo
de processos mentais que vêm desde o nascimento.
Esperemos a descoberta ou não da
quinta dimensão para que possamos elucidar ou imaginar qual o real sentido da
vida e não somente isto, a conexão deste bloco com nossa atual realidade.
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