O meu olhar é amoroso, eu olho as pessoas com admiração. E fico feliz de estar aqui. No entanto, com quem eu queria viver é diferente, eu queria viver em paz com uma pessoa que me amasse também e me entendesse. E eu não me importaria dessa pessoa amar outra pessoa além de mim. Mas se ela quisesse viver comigo, seria muito bem vinda. Porque amar é fácil, conviver é que é difícil. A gente pode amar muitas pessoas, mas a convivência pode ser difícil, e eu quero conviver com uma pessoa que seja fácil de amar e conviver.
E não estou aqui pensando numa amor poligâmico, muito pelo contrário. Gostaria de viver com uma pessoa apenas que pensasse assim como eu, neste sentido. Que amasse viver ao meu lado mesmo que viesse amar outras pessoas. Mas que a convivência comigo fosse tão boa, que se sentiria inseparável de mim, como uma verdadeira união de almas.
Não me importaria nenhum pouco que amasse outra pessoa mas que não arriscaria sair de perto de mim, porque sabe que eu nunca a abandonaria se me desse amor.
Talvez por eu pensar que o amor seja um principio e não só como um fim, como uma meta de uma única pessoa e que esta é a melhor. O fim no meu ver é o conviver com esta melhor pessoa, mesmo que tenham passado pessoas maravilhosas nas nossas vidas, mas que a convivência não fora tão fácil assim.
Talvez seja por isto que eu aos quase 41 anos esteja só, por não ter ciúmes de esconder a quem amo, que amo a todos. E que isto não faz dessa pessoa menos especial. A convivência é que define se o amor será duradouro ou não, é no dia-a-dia que a convivência do nosso amor se firma ou se dissolve. E talvez por isto não me importe muito de amar muitas pessoas, mas sinto tristeza por estar só, porque muitas estão acostumadas a pensar que amor é um fim, e não um princípio.
Elas começam pelo desejo, então passam pelo amor e descobrem que aquilo não era o fim, e se perdem a amar outras pessoas ou a desejar outras pessoas como um novo começo de uma meta final, que era para ser o começo, mas que começa dentro da cabeça da pessoa como a finalidade e não como deveria ser, um princípio.
Quando o amor é um principio, se ama a todos em igual, mas é a convivência que nos une ou separa. E a convivência pode ser fácil ou difícil, depende apenas da comunicação e entendimento de ambos, do egoísmo de cada um e o quanto se acha especial para aquela pessoa para querer estar do lado dela, não importando quem ela amasse.
Será que este é o amor verdadeiro ou é mais uma ilusão da minha cabeça? Amar deveria ser um fim no qual meus olhos nunca mais virassem para os lados ou relembrassem outras pessoas que já passaram na minha vida, ou que viriam a passar. Ou amar deveria ser querer estar presente na vida de alguém, não importando quem ela ame ou deixe de amar, porque tudo que a pessoa faz te deixa feliz.
Isso não tem nada a ver com cuco, muito pelo contrário. Jamais sentiria prazer por uma pessoa que me traísse ou que convivesse comigo e tocasse em outra pessoa, mas ainda a amaria. Estas terminologias possessivas e hierárquicas, meio maquiavélicas é que não batem com meu instinto.
Será que este é o amor verdadeiro ou é mais uma ilusão da minha cabeça? Amar deveria ser um fim no qual meus olhos nunca mais virassem para os lados ou relembrassem outras pessoas que já passaram na minha vida, ou que viriam a passar. Ou amar deveria ser querer estar presente na vida de alguém, não importando quem ela ame ou deixe de amar, porque tudo que a pessoa faz te deixa feliz.
Isso não tem nada a ver com cuco, muito pelo contrário. Jamais sentiria prazer por uma pessoa que me traísse ou que convivesse comigo e tocasse em outra pessoa, mas ainda a amaria. Estas terminologias possessivas e hierárquicas, meio maquiavélicas é que não batem com meu instinto.
Talvez por isto eu esteja sozinho até hoje, por não conseguir conviver com a mente aberta com alguém que saiba que eu a amo mas que amei outras pessoas também, porque esta pessoa talvez não viesse a aceitar que essa possibilidade existisse. E vice-versa.
A liberdade de amar deveria ser limitada ou deveria ser livre? Mas conviver é o mesmo que amar? Ou, não há liberdade em amar outra pessoa porque só se deve amar uma única pessoa? Isto não soa maquiavélico para você? Para mim sim.
E talvez seja por isto que estou solteiro aos 41 anos, porque ninguém consegue conviver com minha confusão mental de querer uma pessoa convivendo comigo a pensar que poderia gostar de outras pessoas mesmo que não as tocasse de forma alguma. Quereria era conviver com uma pessoa que entendesse isto, pois assim acho que seria mais fácil entre eu e ela de dialogarmos e nos amarmos mais. Assim ninguém precisaria esconder que viu alguém bonito ou que acha alguém belo por isto ou aquilo. Talvez, até concordássemos e nos sentiríamos mais unidos por isso.
Mas na verdade, não sejamos hipócritas, isto é muito natural. Estamos em uma civilização com bilhares de pessoas, em centros urbanos, e muitas no mundo, até mesmo casados, homens e mulheres, uma vez na vida, pelo menos uma vez, se interessou por outra pessoa pela admiração. Mas será que estou mentindo. Eu nunca vi um caso de primeiro amor a primeira vista que durou a vida toda.
E como conviver com isto? Ou se aceita que a convivência é tão importante quanto o amor, como uma peça fundamental dele, ou se está vivendo uma mentira, uma fantasia de possessão que sabe que é mentira.
A bela hipocrisia amorosa seria conviver com a mentira? Enquanto o verdadeiro amor não tem barreiras limitantes, onde tudo é discutido e tudo é aberto. A mente de um é a mente do outro, sem julgamentos, apenas o amor e a vontade de estarem juntos pelo tempo que durar.
Mas sim, me dói estar só, porque este tipo de pensamento me provoca um celibato involuntário, já que é difícil encontrar alguém que concorde comigo e queira viver com um 3/10, mesmo que não ofereça mentiras, que não esconda nada, e muito menos tenta lhe prender a mim.
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